Associações perigosas

Atribui-se a Sócrates, filósofo grego, a seguinte máxima: "Diga-me com quem andas e eu te direi quem és". Séculos depois, o apóstolo Paulo, o maior propagador do cristianismo depois de Cristo, escreveu aos complicados cristãos da cidade de Corinto, que "as más conversações corrompem os bons costumes" (I Coríntios 15:33).

Na última semana, a movimentação política em diversas regiões do país deram evidências contundentes da veracidade destes pensamentos.
Vou tomar como exemplo o encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio, Fernando Haddad, pré-candidato a prefeito pelo PT em São Paulo, Rui Falcão, presidente do PT, o 'super' deputado federal Paulo Maluf, presidente do PP, Wadih Mutran, vereador na Capital que era um dos leões de chácara do ex-prefeito Celso Pitta (97 a 2000). Vixi! 


Se vivo estivesse, William Shakespeare, provavelmente, conseguiria escrever uma primorosa peça de tragicomédia na qual, nós, o povo seríamos representados por um palhaço. O roteiro da peça poderia ter a deputada Luiza Erundina (PSB) como uma heroína. Isso, porque, em qualquer história quer seja ela contada em livro, cinema, novela ou teatro, os heróis cumprem a função de salvar as vítimas de alguma desventura.


Embora não seja afeito ao espírito esquerdista de Erundina, desta vez, sua opção vai nos privar de ver um circo de horrores. A firmeza com que ela reagiu à associação entre Lula e Maluf na aliança pró-Haddad acende uma luz no fim do túnel de que no meio deste lamaçal ainda existe o mínimo de integridade.

Maluf, com todo seu sofisma, disse que esta aliança é por "amor a São Paulo". Fico sempre impressionado como o romantismo toma conta dos discursos desta ralé. Alguém vai me dizer que ralé sou eu. É verdade. Sou da ralé porque não tenho segurança particular. Sou da ralé, porque moro em casa que não tem sequer garagem, quanto mais jardim como o de Maluf. Sou da ralé  porque não posso assistir a um espetáculo teatral por R$ 70 o ingresso mais barato. 

O meu status na ralé é fruto única e exclusivamente da falta de recursos financeiros, ou se preferirem, do money, dinheiro, bufunfa, mérreis, cacau, faz-me-rir. Entretanto, não sou da ralé como Maluf e demais aloprados porque sou leal a princípios. Tenho, preservo e propago valores. Sentei com professores para aprender o que é moral e ética. Falando no populacho, tenho vergonha na cara. 

Acabo de intuir que a ralé tem categoria. Eu e alguns outros, estamos na categoria da ralé sem dinheiro. Mas há uma ralé abaixo dessa. A que não tem moral e sequer imagina o que seja ética. Por não terem moral, seus integrantes argumentam como verdade toda sorte de falácias.
Também é interessante que este tipo de gente só abre a boca em público para atacar aos seus oponentes. Ninguém, absolutamente ninguém, faz nada que presta. Só ele. 

O apedeuta do Maluf está dizendo, agora, que no governo dele quem tinha medo era bandido e não cidadão. Dito assim, parece mesmo que ele era o melhor. Mas, se tivesse governado de verdade para o bem de todos, o que ele prega ser o melhor estado de segurança pública teria perdurado e não sucumbiria com sua saída. 

Contudo, se ele se orgulha do que diz ter feito por segurança, o que pode dizer que fez pela educação? Francamente, focar em segurança e não se preocupar com o que acontece todos os dias nas salas de aula não comprova preocupação com o cidadão, tampouco com o seu futuro.

Quem governa para o bem, tem vistas em um futuro para todos e não para si. Quem governa para todos, abre mão de louvores e honras para colocar as pessoas, e não o amor ao poder, em primeiro lugar. Dito isso, é fácil entender porque Lula, Maluf, Haddad e tantos outros por aí  afora se combinam, se aliam, se misturam. Na verdade, são igualmente podres.

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